FIA vai rever valor de protestos na F1
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A FIA anunciou que vai reavaliar os custos cobrados para que equipes da Fórmula 1 registrem protestos, pedidos de revisão ou apelações. A decisão ocorre após críticas da Mercedes em relação a protestos sucessivos da Red Bull contra George Russell.
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, pediu que a entidade desencoraje protestos considerados “sem fundamento”, depois que a Red Bull tentou, sem sucesso, aplicar punições ao piloto britânico em três das últimas quatro etapas.
Atualmente, as equipes precisam pagar um depósito de €2.000 (cerca de R$ 11.800) para registrar um protesto valor que não é devolvido caso a reclamação não seja aceita. Para apelações, a taxa é de €6.000. Wolff sugeriu o aumento da quantia: “Coloque uma multa que, se você perder, cause pelo menos um certo constrangimento por perder tanto dinheiro. Assim, vai pensar duas vezes antes de fazer isso.”
Em comunicado divulgado após reunião da Comissão da F1 nesta segunda-feira (22), a FIA afirmou:
“Ficou acordado que os valores de depósito para protestos, apelações e pedidos de revisão serão reavaliados, com o objetivo de possíveis ajustes.”
A entidade também estuda cobrar uma taxa específica para investigações, proposta anteriormente por Zak Brown, CEO da McLaren Racing.
A Red Bull apresentou três protestos contra Russell: um no GP de Miami, alegando que o piloto não reduziu a velocidade sob bandeiras amarelas, e dois no GP do Canadá, por supostamente ficar muito distante do Safety Car e frear excessivamente durante o procedimento. Nenhum dos protestos foi aceito, embora casos semelhantes tenham resultado em punição a outros pilotos, como Oscar Piastri no GP da Grã-Bretanha.
Max Verstappen, que comentou os incidentes pelo rádio, questionou por que Russell não foi punido em Montreal, enquanto Piastri foi sancionado por situação semelhante.
Imagem: Clive Rose/Getty Images/F1