Temporada difícil deixa Alpine na lanterna da Fórmula 1

Temporada difícil deixa Alpine na lanterna da Fórmula 1

A Alpine vive mais um ano turbulento na Fórmula 1. Após uma temporada de altos e baixos em 2024, a equipe iniciou 2025 com Pierre Gasly e Jack Doohan, mas o australiano logo voltou ao papel de reserva após seis etapas, dando lugar a Franco Colapinto a partir de Ímola. Em meio à saída de mais um chefe de equipe, a verdade é que o carro do time de Enstone não mostrou velocidade suficiente, deixando a escuderia na última posição do Mundial de Construtores.


Melhor resultado

Pierre Gasly 6º no GP da Grã-Bretanha

Gasly classificou como “irreal” o sexto lugar conquistado em Silverstone. O francês começou o fim de semana mal, ficando em 19º, 18º e 20º nos treinos livres, mas brilhou na classificação, colocando o carro no top-10.

Na corrida, marcada por condições de pista alternando entre chuva e seco, Gasly aproveitou o caos para se manter competitivo. Na última volta, superou Lance Stroll (Aston Martin) e garantiu oito pontos valiosos, até agora, o melhor desempenho da Alpine em 2025.


Confronto no Qualifying

Gasly 5 x 1 Doohan

Gasly 6 x 2 Colapinto


Gasly venceu com folga os duelos na classificação contra seus companheiros. Doohan só levou a melhor em Miami, mas abandonou ainda na primeira volta. Colapinto, embora tenha mostrado potencial no Canadá e na Hungria, também tem ficado atrás do francês.


Confronto nas corridas

Gasly 4* x 1 Doohan

Gasly 5 x 3 Colapinto


Gasly também lidera nos confrontos em corrida. O detalhe é que ele perdeu a vitória no duelo contra Doohan por conta da desclassificação no GP da China, quando o carro estava abaixo do peso mínimo.

Todos os 20 pontos da Alpine na temporada foram conquistados por Gasly, o que coloca a equipe como a última colocada mais pontuadora da história da Fórmula 1.

*Gasly desclassificado no GP da China.


Melhor momento

A façanha em Silverstone segue sendo o grande destaque da temporada. Gasly admitiu que o carro está “bem mais lento que a concorrência” e que a maior parte dos esforços já está voltada para 2026. Ainda assim, lembrou que no ano passado, quando o cenário também parecia sombrio, a equipe conseguiu um pódio duplo no Brasil.


Pior momento

Além da instabilidade fora das pistas, marcada pela saída do chefe de equipe Oli Oakes, o ponto mais baixo veio justamente com a desclassificação de Gasly no GP da China. O episódio passou quase despercebido na época, já que Charles Leclerc e Lewis Hamilton também foram punidos, mas uma exclusão nunca deixa de ser um golpe duro para uma equipe.

O que vem pela frente

O foco da Alpine já está em 2026, mas a chegada de Steve Nielsen como diretor-geral, em 1º de setembro, deve ser crucial para reorganizar a estrutura de liderança. Até lá, Flavio Briatore segue cobrindo funções estratégicas.

Nielsen, que já trabalhou na equipe em diferentes fases (Benetton, Renault e Lotus), terá a missão de preparar o terreno para o novo regulamento técnico.

Enquanto isso, a equipe precisa também ajudar Colapinto a recuperar a confiança e repetir as boas atuações que mostrou com a Williams em 2024. Se conseguir alinhar o argentino ao desempenho de Gasly, a Alpine pode sonhar em subir algumas posições no campeonato e deixar a lanterna para trás.

Imagem: Getty Images/F1 

Voltar para o Início