
Williams surpreende e fecha primeiro semestre de 2025 em quinto lugar
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Albon brilha com três top-5, enquanto Sainz ainda busca adaptação; equipe mira melhor resultado desde 2017
A Williams segue em trajetória ascendente sob o comando de James Vowles. Em 2025, a equipe de Grove ocupa a quinta posição no Mundial de Construtores, graças a atuações consistentes e bons pontos conquistados. Mas nem tudo foi fácil: problemas de confiabilidade e oscilações de desempenho ainda desafiam o time na luta contra os rivais do pelotão intermediário.
Melhor resultado
Alex Albon – 5º lugar na Austrália, Miami e Emília-Romanha
O tailandês começou o ano em grande forma, marcando pontos em sete das oito primeiras corridas. O destaque foi o GP da Austrália, em que largou no top-6 e terminou em quinto, sob condições de pista mistas. Ele repetiu o resultado em Miami e Ímola, consolidando o melhor desempenho da Williams desde o pódio de George Russell no chuvoso GP da Bélgica de 2021.
Duelo na classificação
Albon 8 x 6 Sainz
A chegada de Carlos Sainz, vindo da Ferrari, trouxe uma disputa interna interessante. Enquanto Albon manteve consistência, Sainz precisou de tempo para se adaptar ao FW47. Após dificuldades nas três primeiras provas, o espanhol reagiu, garantindo quatro largadas consecutivas no top-8 entre Bahrein e Ímola.
Desempenho em corrida
Albon 9 x 4 Sainz
Nos domingos, a diferença é maior. Albon soma 54 pontos no campeonato contra apenas 16 de Sainz. O espanhol teve como melhores resultados dois oitavos lugares (Arábia Saudita e Ímola) e um sexto na Sprint da Bélgica. Problemas de confiabilidade também pesaram: ambos abandonaram na Áustria – Sainz sequer largou por falha nos freios, enquanto Albon abandonou após superaquecimento do motor.
Melhor momento
O GP da Austrália simbolizou o “cartão de visitas” da nova Williams, mas a equipe também brilhou em Miami, quando Albon superou as duas Ferraris e uma Mercedes, e em Ímola, onde chegou a lutar pelo pódio. Outro marco foi a subida para quinto lugar no Mundial após o GP da Arábia Saudita, resultado que mostra a força do projeto liderado por Vowles.
Para efeito de comparação, a Williams marcou apenas 84 pontos entre 2018 e 2024. Em pouco mais de meia temporada de 2025, já soma 70 pontos.
Pior momento
O ponto mais baixo veio na sequência de Espanha, Canadá e Áustria, com apenas um ponto conquistado por Sainz e três abandonos de Albon, dois por superaquecimento. A etapa austríaca foi a mais frustrante: Sainz não conseguiu largar, e Albon abandonou após 15 voltas pelos recorrentes problemas de refrigeração.
O que vem pela frente
Atualizações recentes parecem ter solucionado os problemas de temperatura do carro, o que pode ser crucial para manter o quinto lugar – que seria o melhor resultado da equipe desde 2017.
Apesar de já pensar em 2026, quando haverá um novo regulamento técnico, a Williams vê a atual campanha como simbólica. “Significaria o mundo para este time”, disse
Vowles no Canadá. “É uma equipe que passou por muita dificuldade e dor, e agora todos brilham com os resultados. Lutaremos até o fim por esse P5”.
Imagem: Getty Images/F1