
Pato O’Ward vence em Toronto e reacende disputa pelo título
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Pato O’Ward ainda não jogou a toalha na briga pelo título da temporada 2025 da NTT INDYCAR SERIES. O piloto da Arrow McLaren venceu neste domingo (20) a etapa de Toronto e reduziu em 30 pontos a vantagem do líder Alex Palou, da Chip Ganassi. O espanhol terminou apenas na 12ª colocação.
Com quatro etapas restantes, a diferença entre os dois caiu para 99 pontos — cada vitória pode render até 54.
“Cara, eu não esperava essa vitória, mas me senti bem com os pneus primários durante todo o fim de semana”, afirmou O’Ward. “A gente só teve dificuldades com os alternativos na classificação. Mas sabia que tinha um ótimo carro e a equipe foi impecável na estratégia.”
Foi a primeira vitória do mexicano nas ruas de Toronto e a nona na carreira. Ele largou em décimo, mas logo contou com um sinal curioso de sorte: um pássaro deixou um “presente” no carro e em um mecânico no treino da manhã. “Sabia que ia ser um bom dia”, brincou.
O pódio teve ainda Rinus VeeKay (Dale Coyne) em segundo e Kyffin Simpson (Chip Ganassi) em terceiro — este último conquistando seu primeiro pódio na categoria.
Colton Herta, que largou da pole, foi o quarto. Ericsson e Kirkwood completaram o top-6, todos da Andretti Global.
A corrida foi marcada por estratégias diferentes de pneus e por muitos incidentes. O’Ward largou com os compostos alternativos e os trocou antes de uma bandeira amarela na volta 3, adotando uma estratégia de três paradas e usando os pneus primários pelo restante da prova.
Palou e Scott Dixon, seu companheiro na Ganassi, largaram com os primários, apostando em uma tática mais conservadora. Não deu certo: Dixon terminou em 10º. “Eu escolhi a estratégia, então assumo a responsabilidade”, disse Palou. “Sabíamos que era arriscado. Tentamos evitar o tráfego, mas não funcionou.”
Apesar do revés, Palou tem bom retrospecto nas próximas provas: venceu duas vezes em Laguna Seca e Portland. Já O’Ward triunfou em Milwaukee, que volta ao calendário neste ano.
A prova em Toronto teve 226 ultrapassagens (maior número desde 2014) e 201 trocas de posição (recorde desde 2019), além de muitos acidentes.
A Penske teve um dia para esquecer: McLaughlin bateu após perder uma roda; Newgarden foi atingido por um carro decolando na sua frente; e Power também bateu. Eles terminaram em 26º, 23º e 11º, respectivamente.
Christian Rasmussen e Alexander Rossi (Ed Carpenter Racing) também bateram. Rossi teve danos severos após tocar um bump e atingir uma barreira de concreto.
A corrida terminou sob bandeira amarela após toque entre Felix Rosenqvist e Nolan Siegel.
Santino Ferrucci nem largou: ele sofreu um acidente no treino da manhã, machucou a mão e teve o carro seriamente danificado.
Imagem: IndyCar